A peça “Prima Facie”, estrelada por Débora Falabella, chega a Belo Horizonte após turnê nacional marcada por sessões esgotadas, debates e premiações. A temporada será realizada no Teatro I do CCBB BH, entre 19 de setembro e 20 de outubro, sempre às 20h, de sexta a segunda-feira. Excepcionalmente, não haverá apresentação no dia 6 de outubro. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos semanalmente pelo site ccbb.com.br/bhou na bilheteria do centro cultural.
O espetáculo, que marca o primeiro solo teatral de Débora Falabella, foi escrito pela dramaturga australiana Suzie Millere aborda temas como violência sexual, desigualdade de gênero, sistema de justiça e relações de poder. A atriz interpreta Tessa, uma advogada bem-sucedida que construiu sua carreira defendendo acusados de violência sexual e se vê diante de uma crise pessoal que a obriga a rever valores e a questionar o funcionamento do sistema judicial.
Dirigida por Yara de Novaes, a montagem brasileira estreou em abril de 2024, no Rio de Janeiro, e desde então contabiliza mais de 80 mil espectadores. Além do público expressivo, o espetáculo promoveu debates relevantes em diferentes cidades, reunindo nomes como a ministra do STF Cármen Lúcia, o ex-ministro Ayres Britto e a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge.
A recepção crítica também tem sido marcante. Débora Falabella conquistou o Prêmio Shell de Melhor Atriz e o Prêmio APCA de Melhor Atriz de Teatro, além do Prêmio Arcanjo de Melhor Solo. A peça recebeu cinco troféus no Prêmio APTR, incluindo Melhor Atriz, Direção, Cenografia, Iluminação e Figurino. “Prima Facie” está ainda indicada a quatro categorias no Prêmio Bibi Ferreira, cujo resultado será anunciado em outubro.
Após estrear em Londres em 2022, a obra de Suzie Miller percorreu países como Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia e Turquia, sempre levantando discussões sobre representatividade feminina, violência sexual e justiça. A relevância do texto levou a autora a participar da última assembleia da ONU dedicada ao tema do abuso contra mulheres.
Em Belo Horizonte, as apresentações de sábado contarão com recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. O espetáculo integra a programação do Circuito Liberdade, rede de equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.