O avanço da tecnologia e a intensificação das transações digitais colocaram o Brasil entre os principais alvos de criminosos virtuais. Com a explosão de golpes envolvendo Pix, e-commerce e phishing, cresce também a busca por apoio jurídico, tanto para recuperação de prejuízos quanto para prevenção de novas fraudes.
Segundo a pesquisa Radar Febraban, o percentual de golpes ou tentativas subiu de 33% em setembro de 2024 para 38% em março de 2025. Já a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP) apontou um aumento de 45% em crimes digitais no último ano, totalizando cerca de 5 milhões de fraudes. Um levantamento do Datafolha indica que um a cada três brasileiros sofreu algum tipo de golpe financeiro virtual nos últimos 12 meses, gerando prejuízos superiores a R$ 13 bilhões.
De acordo com Rafael Abrahão, sócio-fundador do escritório Abrahão Advogados, o cenário é alarmante.
“O Brasil, por ser um dos países que mais utilizam Pix e meios eletrônicos de pagamento, se tornou um ambiente fértil para golpistas. Eles exploram a confiança e a falta de conhecimento digital da população para aplicar fraudes cada vez mais sofisticadas”, afirma.
O que fazer ao ser vítima de um golpe digital
A agilidade é fundamental para aumentar as chances de recuperação dos valores. O advogado orienta que a vítima registre um boletim de ocorrência, acione imediatamente o banco para tentar bloquear a transação e reúna provas como prints, e-mails e comprovantes.
“De acordo com o Código de Defesa do Consumidor e normas do Banco Central, a vítima pode exigir a responsabilização da instituição financeira por falhas na segurança dos serviços. É possível buscar reparação por danos materiais e até morais, dependendo do caso”, explica Abrahão.
Por meio de ferramentas como o BacenJud, o advogado pode solicitar bloqueios judiciais de valores nas contas dos criminosos, ampliando as chances de êxito.
“O advogado sabe exatamente quais medidas adotar e com quais fundamentos legais. A atuação imediata é o que permite bloquear os recursos antes que sejam pulverizados em outras contas”, completa.
Prevenção: o passo mais importante
A assessoria jurídica também tem papel fundamental antes que o golpe aconteça. Para pessoas físicas, envolve práticas como checar links, desconfiar de mensagens suspeitas e proteger senhas. Já para empresas, inclui políticas internas de segurança, auditorias, treinamentos de equipe e contratos que contemplem riscos cibernéticos.
“A prevenção jurídica deve andar junto com a educação digital. Esse cuidado reduz a exposição e fortalece a proteção contra fraudes que, além do impacto financeiro, geram danos emocionais e à reputação”, destaca Rafael.
Em um cenário em que os golpes digitais se tornam cada vez mais comuns, unir tecnologia, informação e orientação jurídica contínua é a forma mais eficaz de proteção.
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📌 Fonte: Rafael Abrahão — Sócio