Brincar é mais do que diversão para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Em Belo Horizonte, a brinquedoteca da Estácio Venda Nova tem se destacado como um espaço inclusivo e acolhedor ao oferecer atividades gratuitas em parceria com a Associação Unidas pelo Autismo, voltadas para crianças com TEA, de 6 a 14 anos.
A iniciativa, coordenada pela professora Rayane Guedes, acontece às terças-feiras, das 17h às 19h, e envolve uma programação variada que inclui oficinas de leitura, artes, jogos, dramatizações e atividades psicopedagógicas. O projeto é também um laboratório pedagógico que integra estudantes do curso de Pedagogia da instituição em ações práticas e humanizadas.
Segundo Flávia Alcântara, professora da Estácio BH, o brincar é um direito garantido e reconhecido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e seu impacto positivo em crianças com autismo já é respaldado por pesquisas. “As atividades lúdicas ampliam habilidades sociais, linguagem, concentração e diminuem os níveis de ansiedade”, afirma.
Um estudo publicado no World Journal of Clinical Pediatrics reforça essa abordagem ao mostrar que a ludoterapia contribui para a produção de ocitocina, hormônio ligado ao bem-estar, o que favorece a interação e a expressão das crianças com TEA de forma mais confortável e eficaz.
Além de um ambiente de estímulo, a brinquedoteca também funciona como espaço de formação de pedagogos, promovendo práticas com propósito pedagógico, lúdico e social. “As crianças participam de ações planejadas e supervisionadas, enquanto os futuros educadores aprendem na prática sobre inclusão e desenvolvimento infantil”, completa Flávia.
O projeto é gratuito e as famílias interessadas podem obter mais informações e se inscrever pelo Instagram @brinquedotecas.estacio.bh.