Solidão, solitude, ausência, medo. O sentimento rasga a pele e não se trata apenas de um estado emocional ou de uma condição típica dos tempos atuais, marcados pelos dolorosos reflexos de um mundo pós-pandêmico. A grande verdade é que a solidão não é apenas um estado emocional: ela é uma condição que reverbera em nossa sociedade de formas complexas e alarmantes.
Em uma sociedade cada vez mais conectada, com milhares de amigos virtuais, a companhia do outro se tornou raridade e mostra, a cada dia, que nunca estivemos tão distantes uns dos outros. As redes sociais, que prometem aproximar, muitas vezes aprofundam o abismo entre os indivíduos, criando uma falsa sensação de pertencimento, enquanto o isolamento real e silencioso se faz presente.
Nos últimos anos, temos visto um aumento significativo de pessoas que relatam se sentir sozinhas, mesmo estando rodeadas. Esse fenômeno não é fruto de uma crise individual, mas sim de uma doença social que reflete a fragmentação dos laços humanos. A sociedade atual, marcada pela correria e pela busca incessante por sucesso e reconhecimento, negligencia os cuidados com a saúde mental, a empatia e o contato genuíno. A solidão se instala, muitas vezes sem ser notada, até que se torna uma constante na vida de quem a vivencia.
A psicologia, ao olhar para esse quadro, identifica não apenas os danos emocionais e psicológicos que a solidão provoca, mas também os impactos fisiológicos e sociais que podem resultar desse distanciamento. A falta de conexão verdadeira está associada a uma série de transtornos, como depressão, ansiedade e estresse crônico, que comprometem tanto a saúde mental quanto a qualidade de vida.
Entender isso e identificar os gatilhos que nos levam à solidão é um passo para a cura. Buscar ajuda especializada faz parte do caminho. Você não está sozinho(a) e não precisa estar só. Procure apoio para lidar com sentimentos de angústia, faça novas conexões e busque criar um ambiente que valide a alegria de acordar a cada dia e viver a vida intensamente. Conte comigo nessa jornada. Estou pronta e disposta a escutar você. Vamos conversar?
Coluna produzida por: Patrícia Alvarenga
Psicóloga, mestre, professora e consultora.
Diretora executiva-financeira do Ciee-MG.
@patriciaav.psicologa